quarta-feira, 22 de julho de 2009

O que é ...e como se comporta o vírus da gripe

Resolvi postar estas informações aqui pelo aumento constante dos casos da gripe,acredito que isso vai esclarecer um pouco sobre como o vírus atua.

A gripe (influenza) é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus influenza, transmissível de uma pessoa para outra por via respiratória. A gripe ocorre em todos os países do mundo e, há pelo menos 400 anos, o vírus influenza vem causando epidemias a cada 2-3 anos e, eventualmente, pandemias (epidemias que afetam um grande número de países). As pessoas idosas e as portadoras de doenças crônicas que desenvolvem gripe têm maior risco de complicações como a pneumonia bacteriana, o que pode tornar necessário a internação hospitalar. A vacina contra a gripe reduz o risco de adoecimento causado pelo vírus influenza e, em razão disto, o de complicações bacterianas.


Transmissão


O virus influenza é facilmente transmitido de uma pessoa para outra através de gotículas eliminadas através da tosse ou do espirro. A penetração do vírus no organismo ocorre através da mucosa do nariz ou da garganta e a aglomeração de pessoas em ambientes fechados facilita a disseminação da gripe. A transmissão também pode ocorrer através da contaminação das mãos com secreções respiratórias através do contato direto com outras pessoas (aperto de mãos) ou indireto (tocar em superfícies contaminadas) seguida de contato com a mucosa oral, nasal e ocular.

Em paises de clima temperado, o ambiente frio e seco durante o inverno favorece a sobrevivência e a disseminação do vírus, razão pela qual as epidemias ocorrem, geralmente, nesta estação. Durante uma epidemia sazonal, cerca de 5 a 15% da população é infectada, resultando em aproximadamente 3 a 5 milhões de casos graves por ano e 250 a 500 mil mortes no mundo, principalmente entre idosos e portadores de doenças crônicas.


Como são classificados

O vírus influenza, pertence à família Orthomyxoviridae e é classificado de acordo com o material genético em três tipos diferentes (A, B e C). Os vírus influenza A são capazes de infectar diversas espécies de animais (pássaros, galinhas, patos, porcos, cavalos, baleias etc.). Os vírus influenza B e C, basicamente, infectam seres humanos. Os vírus influenza A e B são capazes de causar epidemias. O vírus influenza C não tem potencial epidêmico e, em geral, causa doença de menor gravidade.

O vírus influenza A é classificado em subtipos, que são determinados por glicoproteínas (hemaglutininas e neuraminidases) presentes na sua superfície. Pelo menos 16 hemaglutininas (H1 a H16) e 9 neuraminidases (N1 a N9) já foram descritas. A infecção de seres humanos a partir de vírus influenza A que habitualmente causam doença em aves ou em outros animais é pouco comum. Em seres humanos, geralmente, a infecção ocorre pelos subtipos contendo as hemaglutininas H1, H2 ou H3 e as neuraminidases N1 ou N2 (atualmente estão circulando o H1N1, H1N2 e o H3N2). Os vírus influenza B e C não são classificados em subtipos.

O vírus influenza A é passível de sofrer alterações drásticas em sua composição antigênica que resultem em um novo subtipo (como um novo H1N1, H3N2 etc.) que poderá ter um alto potencial patogênico e para a qual as populações humanas não teriam nenhuma imunidade prévia.


Pandemias

No século 20 ocorreram três pandemias, todas causadas pelo vírus influenza A. A primeira ocorreu em 1918-19 pelo subtipo H1N1 (gripe espanhola), a segunda em 1957-58 pelo H2N2 (gripe asiática) e a última em 1968-69 pelo H3N2 (gripe Hong-Kong). A gripe espanhola, causou a morte de um número estimado entre 20 e 100 milhões de pessoas. O número de óbitos estimado para a gripe asiática e para a gripe Hong-Kong é de cerca de 1 milhão de pessoas, em cada uma das pandemias. Em março de 2009, um novo subtipo A(H1N1) foi detectado um novo subtipo H1N1, contendo material genético do vírus influenza A de origem humana, suína e aviária. A doença foi inicialmente chamada de "gripe suina".

Os primeiros casos da gripe causada pelo novo influenza A(H1N1) ocorreram no México a partir de 18 de março e, em seguida, nos estados Unidos (San Diego, Califórnia) em 28 e 30 de março de 2009. Desde então, o novo subtipo H1N1 disseminou-se, rapidamente como previsível, para dezenas de países (inclusive no Brasil). Em 11 de maio de 2009 a Organização Mundial da Saúde admitiu oficialmente a ocorrência de uma pandemia de gripe causada por um novo subtipo A(H1N1).


Medidas de proteção individual


Evitar aglomerações,ambientes mal ventilados,contato com pessoas doentes,lavar as mãos com água e sabão com frequência. Deve ainda considerar, do ponto de vista individual, a possibilidade de adiar viagens não essenciais para países ou regiões onde esteja ocorrendo transmissão sustentada de um novo subtipo do vírus influenza A, principalmente quando existirem limitações quanto a obtenção de medicamentos necessários ao tratamento efetivo da doença.

Não existem evidências de que o uso generalizado de máscaras de proteção pela população seja capaz de evitar a disseminação dos vírus influenza. A utilização incorreta de máscaras pode, inclusive, aumentar o risco de infecção. No entanto, em algumas situações, a utilização adequada de máscaras comprovadamente reduz o risco de transmissão. As máscaras de proteção (descartáveis) devem ser utilizadas pelos doentes (quando em contato com outros indivíduos) e pelas pessoas diretamente envolvidas no tratamento (profissionais da área da sáude, familiares com necessidade de contato direto). Deve ser levado em consideração, contudo, que apenas o uso de máscaras, sem a adoção de outras medidas de proteção (como lavar as mãos), é ineficaz. Em razão disto, as pessoas envolvidas no tratamento dos doentes devem ser instruídas em relação ao uso correto de máscaras e à importância da adoção das outras medidas de proteção.


Manifestações
As manifestações clínicas da gripe aparecem entre 1 e 7 dias após a infecção (período de incubação médio de 2 dias). As manifestações da gripe têm início súbito com febre, dor no corpo, dor de cabeça e tosse seca e, evolutivamente, dor ocular e coriza. A doença, em geral, tem duração de 2 a 3 dias. No entanto, em alguns casos, pode ocorrer evolução mais grave e a pessoa apresentar pneumonia viral (causada pelo próprio vírus influenza) e, eventualmente, insuficiência respiratória.

A ocorrência de pneumonia bacteriana, uma complicação comum da gripe, é mais freqüente em crianças até um ano, idosos e indivíduos com doenças pré-existentes (pulmonares, cardíacas, renais, hematológicas e deficiências imunológicas), pode tornar necessária a internação hospitalar.


Tratamento
O tratamento da gripe é feito com de antivirais, que como outros medicamentos não devem ser ser utilizados sem prescrição médica. Existem quatro drogas liberadas para o tratamento da gripe (amantadina, rimantadina, zanamivir e oseltamivir). Apenas o zanamivir e o oseltamivir têm ação contra os dois tipos de vírus que habitualmente causam a doença em seres humanos (influenza A e B), inclusive novo subtipo A(H1N1). A eficácia destas medicações, que têm alto custo, depende do início precoce do tratamento (até o segundo dia das manifestações). Como os vírus influenza, notadamente nos extremos de idade, podem causar quadros graves e óbitos, a indicação do tratamento com antivirais deve obedecer a parâmetros clínicos, independentemente da doença estar sendo causada por um novo subtipo ou não. A profilaxia com medicamentos está indicada para contactantes próximos de pessoas com gripe, desde que pertençam a grupos com risco elevado para desenvolvimento de complicações (idade menor que cinco ou maior que 65 anos, gestação, doenças pulmonares ou cardíacas - exceto hipertensão - crônicas, imunodeficiências, diabetes etc.).

Os antitérmicos e analgésicos podem ser utilizados para controlar as manifestações, principalmente a febre e a dor, porém são destituídos de ação contra o vírus da gripe. A utilização de medicamentos que contenham em sua formulação o ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Doril®, Melhoral® etc.) não é permitida em crianças com gripe, pela possibilidade de Síndrome de Reye. Esta síndrome, rara e de alta letalidade, está associada ao uso do ácido acetil-salicílico durante infecções virais em crianças e é caracterizada por comprometimento hepático e neurológico.

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